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segunda-feira, 16 de maio de 2011

Dear VII



Depois daquela sufocante e angustiante conversa, tudo que eu precisava era dos seus braços. Do seu colo. Havia tensão no ar. Havia um peso sob as minhas costas, podia sentir. Na verdade, eu sentia-me suja. Precisava de um bom banho. Estava com os olhos e nariz inchados, com uma textura avermelhada. Enquanto nos abraçávamos, podia sentir a palpitação do seu coração. Exaltado. Ele afagou meus cabelos e disse-me – Queria Margareth, eu prometo fazer de ti a mulher mais feliz do mundo. Farei o possível para afagar toda a sua dor. Vou morar aqui com você e vamos retomar as nossas vidas. Seremos muito felizes, meu amor. – Ele fechou os olhos e pude perceber a sua emoção e satisfação. Ele tivera posto para fora tudo que precisava falar após tantos anos. – Eu apenas sorri e continuei abraçando-o.
Lutei contra minha vontade, mas eu necessitava desesperadamente de um banho. Era necessário tirar de mim toda aquela dor, tristeza e melancolia. Afastei-me e fui em direção ao banheiro do quarto. Do meu lindo e perfeito quarto de casal. Eu tivera reparado em todos os aspectos daquele apartamento. Tudo era milimetricamente igual e eu me questionei várias vezes com ele tivera sido capaz de fazer tudo aquilo. Eram todas as lembranças, sem tirar nem por, nem eu lembrara, era tudo perfeito. – Suspirei. 
Ao entrar no quarto pude sentir aquele aroma, que era irrevogavelmente, o mesmo. Fui despindo-me até chegar à ducha. Equilibrei a temperatura da água e joguei-me com tudo. A água escorria pelo meu corpo, da cabeça aos pés de uma forma inexplicável, nunca tivera sido tão bom tomar um banho. Lavar a alma. De olhos fechados, eu deixava a água cair e acumular-se por meus pés. Eu sabia que haviam se passado no mínimo uns vinte minutos e a água não parava de jorrar. Peguei a bucha e foi quando percebi que ele tivera se preocupado em escolher o meu sabonete preferido. Erva doce. Pus sob a bucha e comecei a ensaboar-me.  De repente pude sentir um calafrio subindo dos pés à cabeça. – Nossa que frio.– Tremi.
– Assim a nossa conta de água virá um absurdo. – Ele tivera se juntado a mim e eu sequer percebi a sua presença, o calafrio foi exatamente quando ele abrira a porta do boxe. Lentamente pude sentir seu toque, ele fizera questão de ser cauteloso, sem pressa. Permaneci de costas para ele, passando suas mãos sob a minha cintura, pude sentir arrepios constantes. Eu podia sentir o seu desejo, a chama que emanava por sua pele através do seu toque. Ele explorou todo o meu corpo, parte por parte. Então, abraçou-me apertado e pude sentir todo o calor do seu corpo, todo choque térmico. Havia uma mistura de sentimentos no ar; ternura, paixão, desejo, amor, clamor. Eu clamava por ele. Virei-me para assim poder fitar os seus olhos. Não consegui me conter no seu olhar por muito tempo, seus lábios gritavam pelos meus, e os meus ainda mais. O beijei como nunca tivera feito antes, nossos corpos se tocavam, havia muito desejo de ambas as partes, eu já não controlava os meus atos, muito menos ele, estávamos completamente entregue um ao outro e sabíamos que a noite seria longa.

2 comentários:

  1. Ótimo texto, parabéns!
    Teu blog ta cada vez melhor!

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  2. muuito lindo amr, ansiosa pra continuação :)
    me dá um dica do fim? uahsiasuashihasu'
    a curiosidade cresce voce não tá entendendo ! hehe
    beeeijos, continue assim !

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