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domingo, 19 de junho de 2011

Rascunho.

Entre tantos papéis rabiscados, encontro rascunhos, que em momentos de tristeza ou alegria escrevo desnorteadamente.

Chega uma hora que não dá mais e é preciso desabafar. O ar falta por tantas vezes que respirar já não tem tanta importância. Tem um momento da vida que por mais alto que se "grite", a impressão que tenho é que ninguém me ouve.
O problema comigo nunca foi a atenção, o tempo, os amigos, o lugar, de fato as pessoas. Na verdade o vírus está em mim, ou melhor, o problema, a causa e a consequência sempre esteve tão próxima e tão íntima.
Houve uma época em que eu acreditava em tudo que diziam, das coisas mais simples à confissões mais "secretas". Pura ingenuidade. Logo surgiriam as grandes decepções e frustrações da vida. Mas sinceramente, eu nunca acreditei no final feliz, nos contos de fadas, no príncipe encantado e no super herói. Só no momento, aquele propício para tudo.
Eu sempre senti algo a menos. Sempre faltou algo e eu nunca descobri o quê realmente.
Bom, dizem que "um beijo fala mais que mil palavras", mas eu (re)digo "um sorriso fala mais que mil palavras" e acrescento: oculta outras mil também. Lapsos de alegria. Já diz tudo, é momentâneo.
Há vários tipos de sorrisos e você já parou para pensar que o que você ver pode ser só uma capa? Não é falsidade, mas nem sempre o que vemos, de fato é.
Eu sempre quis alguém que me enxergasse com outros olhos, entrasse em minha mente e desvendasse todo emaranhado. Alguém que enxergasse as coisas como vejo. Alguém que apenas percebesse tudo no meu olhar. É, isso também não seria capaz de acontecer, mas aconteceu.
Com pouco que eu tenho, continuo esperando demais das pessoas e deve ser por isso que me decepciono. Mas como eu disse, o que é que falta? Eu completei 18 anos a poucos dias e me sinto tão vazia. Realmente o único sentido que vejo agora é você, porque de resto, não resta. O medo da solidão me aflige. Dói, eu sinto e o meu único conforto é saber que te tenho. Ao meu lado, onde eu for. Até mesmo em pensamento.
Às vezes sinto que sou algoz da minha própria vida. Há certa negatividade pairada em mim por de trás de tantos sorrisos. Afirmo com clareza que não existe pessoa 100% feliz. Falo por mim, apesar da felicidade inenarrável que você me proporciona, acredito que não sou capaz, não sei ao certo, mas creio que em mim falte algo. Um tipo de libertação que não fui capaz de obter (ainda).
Confio em pouquíssimas pessoas. Apesar de distância, nada parece mudar nunca. O sentimento. Essas pessoas quando passaram por minha vida ocuparam espaços e eu sinto o vazio que as mesmas deixaram, porque me dói não tê-las (mais) comigo.
Hoje eu tenho você, que é tudo para mim e que ocupa todo espaço do meu coração. Entenda que é só você e mais ninguém. Sem você, não há. É escuridão, medo, solidão, tristeza. E te digo mais: O nosso momento é esse, fase de conhecimento. Estamos no alicerce do nosso namoro, tudo tão esplêndido. 
Uma outra partida seria dolorosa demais e sinceramente, poderia por tudo a perder.
Eu te amo demais para desistir de nós;
Eu te amo demais para viver sem você;
Eu te amo demais para sobreviver sem ar;
Eu te amo demais para viver no vazio;
Eu te amo demais para não ter o amor que eu preciso;
Eu te amo demais para deixar que dois anos seja simplesmente esquecido;
Eu te amo demais para passar despercebida;
Eu te amo demais para ser mais uma amiga;
"Eu te amo demais" vou cansar os seus ouvidos, mas é só isso que te digo: Eu te amo.

3 comentários:

  1. Lindo o seu texto, Mila.
    Você é de gêmeos, né? Típica geminiana :)
    hahaha
    Você escreve super bem, viu? Parabéns!

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  2. Obrigada Nandinha!
    Sou sim haha, você é também, é? :)

    Eu tento, eu tento... Mas obrigada!

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  3. Eu não sou, não. Mas conheço muitos geminianos.. Geralmente, me dou bem com todos! :) hehe Conheço bem o jeito deles!

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