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terça-feira, 4 de outubro de 2011

Talvez uma dança no oitavo andar

Juro que um dia deixo você me tirar para dançar. 
Deixo me levar para o terraço do seu prédio de oito andares. Em pleno crepúsculo, apenas eu e você, a brisa do vento. Deixo a noite chegar. Junto com a nossa estrela. Nossa chave. Deixo as coisas acontecerem assim como devem ser. Me deixo dançar conforme a música toca. Deixo que você me leve. Nos leve pra bem longe daqui ou para qualquer lugar comum.
Fecho os olhos e imagino que estou despencando. Por um momento sinto a liberdade passando por meus braços e dedos das mãos. O balanço do cabelo, mas nem me preocupo em segurar o vestido. Brevemente, quando de olhos fechados abro a mente e dou de cara com o chão, sinto seus braços me segurando. Como cápsula protetora.
- Que dança mais maluca. Eu direi.
Mas quem sabe um dia, no oitavo andar do seu prédio, você me tire pra dançar e me leve para bem longe daqui. Para longe da escuridão e claridade. Me leve para um lugar chamado calmaria.
Nosso lugar comum.

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