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segunda-feira, 27 de junho de 2011

Não sei. Cadê? Não vi.



É tão aquém.
Tão superficial.
Não tem como ser sóbria se só há futilidade.
O mundo está embriagado.
O ar, seco. O oxigênio, escasso.
Tudo tão raso.
Tão vazio.

Com tanta individualidade, onde vamos parar?
Se é que vamos.
Compaixão? Companheirismo?
Só vejo lixo e miséria.
Pobres de alma e espírito.
Coração partido.
E se é que há.

Não trata-se apenas de se doar.
Se é que doam. 
Falo: Cadê a consciência?
Ainda existe? 
Se é que um dia existiu.

Vale por um grão.
Por um pão.
Sermão.
Ou apenas, um não.
Apenas, vale.
Seja por você ou não.
Inimigo ou irmão, apenas, serve.

Não trata-se apenas de você.
É o todo.
O composto.
O abstrato.
O que não se vê.
Se é que viu. 

Não sei. Cadê? Não vi.

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