Às
vezes fico relembrando de como eu era antes de você, mas fico frustrada por não
encontrar resposta. Eu simplesmente não me recordo. É como se tivesse sido “deletado”.
Não o que sou, mas como me sentia.
As
minhas dores hoje estão se recompondo. É como tapar buracos do queijo suíço.
Tudo que você me dispõe hoje supre a falta que me fez um dia. Não que seja
suficiente e não que não seja também. Mas está preenchendo. Quem sabe um dia
tudo volte ao normal. Ou não.
Tem
gente que não entende o significado da palavra amor e morte. Caio Fernando
disse uma vez que você amar alguém, quer dizer que você morreria por aquela
pessoa. Eu morreria por você. Eu daria minha vida, minha alma e tudo que fosse
preciso para fazer com que você não precisasse partir antes de mim. Eu faria.
Eu faço se for preciso. Mas e você. Você faria o mesmo por mim? Quero dizer, me
diga, eu preciso ouvir, às vezes, o que você é capaz. O que o seu amor é capaz.
Fale. Pode falar como quiser. Com os olhos, bem baixinho, apenas diga.
Trecho de uma carta de amor
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