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segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Trecho de uma carta de amor II


Às vezes fico relembrando de como eu era antes de você, mas fico frustrada por não encontrar resposta. Eu simplesmente não me recordo. É como se tivesse sido “deletado”. Não o que sou, mas como me sentia.
As minhas dores hoje estão se recompondo. É como tapar buracos do queijo suíço. Tudo que você me dispõe hoje supre a falta que me fez um dia. Não que seja suficiente e não que não seja também. Mas está preenchendo. Quem sabe um dia tudo volte ao normal. Ou não.
Tem gente que não entende o significado da palavra amor e morte. Caio Fernando disse uma vez que você amar alguém, quer dizer que você morreria por aquela pessoa. Eu morreria por você. Eu daria minha vida, minha alma e tudo que fosse preciso para fazer com que você não precisasse partir antes de mim. Eu faria. Eu faço se for preciso. Mas e você. Você faria o mesmo por mim? Quero dizer, me diga, eu preciso ouvir, às vezes, o que você é capaz. O que o seu amor é capaz. Fale. Pode falar como quiser. Com os olhos, bem baixinho, apenas diga.

Trecho de uma carta de amor

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